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As Tecnologias de Informação e Comunicação são impulsionadores transformacionais para as PMEs, em particular, e para toda a população, em geral. A utilização de telemóveis na África Ocidental simplificou e acelerou as transacções económicas, as interacções sociais e o acesso à informação e ao conhecimento. De facto, entre 2010 e 2018, o número de subscrições de telemóveis aumentou 60% e a percentagem da população que possui uma conta numa instituição financeira ou num operador de telefonia móvel aumentou 61%. Além disso, as exportações de produtos de TIC da região aumentaram 24% entre 2010 e 2015 (base de dados do Banco Mundial, 2020).

Senegal

A economia digital no Senegal está a emergir como uma força crucial para impulsionar a mudança estrutural, reduzir as desigualdades e fortalecer a inclusão social. O sector continua condicionado pela falta de concorrência, no que diz respeito à prestação de serviços Internet (ISP). Caso este constrangimento seja ultrapassado, o crescimento da economia digital será impulsionado, tornando as intervenções no domínio das TICs de maior impacto. É uma característica comum no Senegal que as empresas locais de TICs continuem muito pequenas e com dificuldades para desenvolver e exportar os seus serviços, porque não têm contactos para exportação.

É necessário que o país fortaleça a sua política de promoção de TICs, tendo em conta uma perspectiva de igualdade entre homens e mulheres, incentivando, assim, a utilização de TICs nos diferentes sectores da economia e nos agregados familiares.

Benim

Desde o advento do novo regime político no Benim, a visão do país relativamente a telecomunicações e TICs evoluiu de forma rápida.

Para reduzir a forte dependência do país em produtos de TICs importados, o governo está a encorajar activamente o desenvolvimento de soluções locais por parte das empresas de software.

É necessário que o país fortaleça a sua política de promoção de TICs, tendo em conta uma perspectiva de igualdade entre os homens e as mulheres, incentivando assim a utilização de TICs nos diferentes sectores da economia e nos agregados familiares.

Cabo Verde

O Governo cabo-verdiano colocou as TICs no centro das suas políticas públicas. A maioria das principais empresas de Cabo Verde são MPMEs (cerca de 30 000 unidades) e a maior parte delas são empresas informais que empregam até 3 pessoas, entre a maior parte destas, os clusters de TICs revelaram fortes oportunidades de participação activa na cadeia de valor regional e global.

Como membro da CEDEAO, Cabo Verde tem a Política da CEDEAO sobre Ciência e Tecnologia como parte integrante do projecto de desenvolvimento de TICs. Outros projectos como o Parque Tecnológico de Cabo Verde fazem parte da estratégia sectorial de Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) do país, com o objectivo de promover a inovação e o desenvolvimento empresarial, alavancando assim o crescimento do país. A sua visão é galvanizar o cluster de TICs, posicionando Cabo Verde como um centro internacional de serviços e uma porta de entrada em África para as principais empresas internacionais do sector.

Costa do Marfim

O sector de TICs da Costa do Marfim está em expansão, o que se deve, em grande parte, à visão e à iniciativa do Ministério da Economia Digital do país. As iniciativas baseadas em TICs representam actualmente quase 8% do PIB do país e espera-se que este valor atinja 15% nos próximos anos. O entusiasmo do país por novas soluções de base tecnológica levou os observadores a referirem-se ao mesmo como a “Nação em Fase de Arranque em África”.

O Governo da Costa do Marfim estabeleceu como prioridades máximas a digitalização das alfândegas, das finanças e da educação. A criação da Universidade Virtual da Costa do Marfim, a distribuição de cartões de saúde e de registos de vacinação digitais, assim como a criação da Fundação Digital da Juventude para combater o desemprego juvenil, são exemplos de novas iniciativas importantes no domínio de TICs.

Em 2017, o Governo declarou que o ecossistema digital terá impacto no crescimento económico a longo prazo, alterará profundamente o funcionamento da economia social e criará as bases para uma economia do conhecimento.