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Cabo Verde é um país insular com 10 ilhas vulcânicas, das quais 9 são totalmente habitadas. Praia é a maior cidade de Cabo Verde e capital económica, política e cultural do país. De acordo com o último recenseamento populacional (2018), o país conta com 512.000 habitantes. A língua oficial falada em Cabo Verde é o português.   

Cadeias de Valor  

Tecnologias de Informação e Comunicação

O Governo cabo-verdiano colocou as TICs no centro das suas políticas públicas. A maioria das principais empresas de Cabo Verde são MPMEs, que empregam até 3 pessoas. Entre estas, os clusters de TICs revelaram fortes oportunidades de participação activa na cadeia de valor regional e global.

Como membro da CEDEAO, Cabo Verde tem a Política da CEDEAO sobre Ciência e Tecnologia como parte integrante do projecto de desenvolvimento de TICs. Outros projectos como o Parque Tecnológico de Cabo Verde fazem parte da estratégia sectorial de Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) do país, com o objectivo de promover a inovação e o desenvolvimento empresarial, alavancando assim o crescimento do país. A sua visão é galvanizar o cluster de TICs, posicionando Cabo Verde como um centro internacional de serviços e uma porta de entrada em África para as maiores empresas internacionais do sector.

Energia Solar/Renovável 

Embora a maioria dos habitantes do arquipélago tenha acesso à electricidade, um terço destes continua a utilizar meios tradicionais para cozinhar.

Apesar de a maior parte da sua electricidade ser produzida por geradores, alimentados por produtos petrolíferos importados, Cabo Verde começou a diversificar a sua carteira de energia. Actualmente, 25% da electricidade é fornecida por fontes de energia renováveis.

O Governo cabo-verdiano aprovou um novo plano, “Plano Director do Sector Energético 2018-2040”, para aumentar a quota de energias renováveis na produção de electricidade das ilhas.

De acordo com o novo plano, o governo local espera atingir uma quota de 30% de energias renováveis em 2025 e de 50% em 2030. Com WACOMP, Cabo Verde poderá alcançar um modelo de produção de energia sustentável, o que também criará novas oportunidades de emprego e de rendimento.

Cultura, Meios de Comunicação Social e Turismo 

Cabo Verde tem uma grande vantagem na busca de um modelo de desenvolvimento sustentável baseado nos seus activos estratégicos, nos seus bens culturais e criativos e nos seus serviços. O arquipélago tem uma enorme diversidade cultural e, apesar da sua pequena dimensão territorial, ocupa uma posição estratégica entre África, Europa e as Américas.

É necessário avançar na formulação de políticas públicas que conduzam ao desenvolvimento sustentável, com o objectivo último de transformar a cultura e a criatividade em inovação cultural, económica e social e criação de riqueza. O potencial que este sector tem é notável. O enfoque na melhoria do sector da cultura e do turismo em Cabo Verde resulta das numerosas oportunidades que este sector cria.     

Actividades Previstas 

Apesar de algumas limitações geográficas de Cabo Verde, o crescimento de sectores-chave como turismo e lazer, construção e finanças, assim como população altamente qualificada, incluindo na diáspora, constituem condições favoráveis ao investimento. Além disso, 98% das empresas de Cabo Verde são MPMEs (cerca de 30 000 unidades), sendo a maioria delas empresas informais que empregam até três pessoas. Esta situação dificulta a sua expansão. Neste contexto, parece que os clusters de:

  • as novas tecnologias de informação e de comunicação,
  • as energias renováveis e cultura, e
  • os eventos e meios de comunicação social

representam fortes oportunidades para Cabo Verde participar activamente nas cadeias de valor regionais e globais.

Permitem também melhorar a competitividade de MPMEs, o que conduz à criação de empregos de qualidade e ao aumento das vendas e exportações de serviços de todos os modos (1 a 4). Este objectivo foi aprovado em muitas reuniões, assim como pelos principais actores técnicos, dado o seu potencial para o desenvolvimento de uma rede de empresas formais e modernas competitivas, em conformidade com as novas políticas públicas.

Este objectivo está efectivamente alindado com as prioridades do novo Governo. A componente cabo-verdiana do WACOMP é constituída por um conjunto de intervenções ao nível micro, meso e macro que permitem melhorar a igualdade de oportunidades e a competitividade das MPMEs e dos clusters das cadeias de valor tidas como alvo das novas tecnologias de informação e comunicação, energias renováveis, cultura, eventos e meios de comunicação, turismo e lazer.