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A Costa do Marfim é um país localizado na costa do sul da África Ocidental., com com uma área de 3.496 km², Yamoussoukro é a capital económica, política e cultural da Costa do Marfim. De acordo com o recenseamento populacional de 2017, estima-se que o país tenha 24 milhões de habitantes. A língua oficial falada na Costa do Marfim é o francês.

Cadeias de Valor 

Mandioca 

A mandioca é um dos sectores prioritários identificados na Estratégia Nacional de Exportação da Costa do Marfim. Esta escolha baseia-se no potencial de exploração, combinado com os critérios de competitividade e de impacto socioeconómico, incluindo a criação de emprego para as mulheres e os jovens. Os esforços de produção para melhorar a economia da mandioca na Costa do Marfim centram-se no aumento da área cultivada com mandioca, utilizando as melhores práticas.

Em África, que produz cerca de metade da mandioca ao nível mundial, a Costa do Marfim é um dos cinco principais países com grande número de culturas.

O esforço do programa, após a sua conclusão, irá melhorar a cadeia de valor da mandioca na Costa do Marfim, assim como colocá-la como um produto prioritário para exportação.

Frutas Tropicais 

A Costa do Marfim é um país dependente da agricultura tropical, com solos férteis, clima favorável e outros recursos que proporcionam as condições necessárias para o cultivo de frutas tropicais. O país dispõe de uma vasta gama de frutas tropicais de primeira qualidade. Embora cultivada em menor quantidade, a fruta tropical é gera rendimentos para os agricultores da base da pirâmide nas zonas rurais. O investimento significativo no sector de frutas tropicais é um dos sectores prioritários da Estratégia Nacional de Exportação devido ao seu potencial de exportação, combinado com critérios de competitividade e impacto socioeconómico, incluindo a criação de emprego, tanto para mulheres como para jovens.

Algodão 

A produção do algodão é um importante impulsionador de crescimento económico em vários países da África Ocidental nas últimas décadas. A sua produção constitui uma fonte vital de receitas de exportação para estes países. Sendo altamente dependentes da agricultura, essas economias estão sujeitas às incertezas que rodeiam as empresas agrícolas e pecuárias, tais como as condições meteorológicas e doenças. Além disso, a rentabilidade do algodão pode ser afectada pela volatilidade dos preços mundiais.

Caju 

O caju é um dos principais produtos de exportação da Costa do Marfim. É uma fonte essencial de rendimento para pequenos agricultores e processadores na parte norte do país. O país, que produz cerca de 23% do abastecimento mundial de cajus processa apenas 7% das castanhas de caju no mercado interno. Esta situação deve-se a vários factores negativos, tais como financiamento insuficiente para montagem de instalações para o processamento eficiente, baixa qualidade e rendimento devido à fraca manutenção das plantações, instalações de armazenamento inadequadas, etc.

Nos últimos anos, a Costa do Marfim tem a sua atenção virada a este sector devido ao seu grande potencial de exportação e receitas. O Conselho de Ministros emitiu uma ordem que concede incentivos fiscais aos empresários que processam a castanha de caju.

Os processadores de castanha de caju na Costa do Marfim estarão isentos de direitos aduaneiros e de IVA nas compras de equipamentos e peças de reposição por um período de 5 anos; esses empresários também se beneficiarão de vários créditos fiscais.

O objectivo do programa de melhorar a cadeia de valor do caju está alinhado com os objectivos da Estratégia Nacional de Exportação. O sector tem grande potencial de exportação, combinado com critérios de competitividade e impacto socioeconómico, incluindo a criação de empregos para mulheres e jovens.

Tecnologias de Informação e Comunicação 

O sector de TICs da Costa do Marfim está em franco crescimento, graças em grande parte à visão e à iniciativa do Ministério da Economia Digital do país. As iniciativas baseadas em TICs representam actualmente quase 8% do PIB do país e prevê-se que este valor aumente até 15% nos próximos anos. O entusiasmo do país por novas soluções tecnológicas levou os observadores a chamar-lhe “Nação em Fase de Arranque em África”.

O Governo da Costa do Marfim fez da digitalização das alfândegas, das finanças e da educação uma das suas principais prioridades. A criação da Universidade Virtual da Costa do Marfim, a distribuição de cartões digitais de saúde e de registos de vacinação e a criação da Fundação Digital da Juventude para combater o desemprego dos jovens são exemplos de novas iniciativas importantes no domínio de TIC.

Em 2017, o Governo declarou que o ecossistema digital terá um impacto no crescimento económico a longo prazo, alterou profundamente o funcionamento da economia social e criou a base para uma economia baseada no conhecimento.

Plástico 

A Costa do Marfim é responsável por 60% da produção de borracha da África e ocupa o sétimo lugar da produção global. Uma grande parte de agricultores começou a se interessar pela borracha na última década, devido aos altos preços resultantes do aumento na demanda mundial. Os agricultores consideram a borracha uma fonte de rendimento mais estável, porque podem colher várias vezes antes do ano terminar.

Actividades Previstas 

A Estratégia Nacional de Exportação (ENE) da Costa do Marfim tem como alvo seis sectores e subsectores prioritários (borracha e plástico, caju, algodão, têxtil e vestuário, frutas tropicais, mandioca e seus derivados, e novas tecnologias de informação e comunicação) e cinco funções transversais: transporte/logística, acesso a financiamento, informação e promoção comercial, embalagem/qualidade e capacidade de exportação. Estes sectores foram seleccionados com base no seu potencial de exportação, combinado com critérios de competitividade e impacto socioeconómico, incluindo a criação de empregos para mulheres e homens de todas as idades. As lições aprendidas da implementação do “Programa de Comércio e Integração Regional (PACIR)” no âmbito do 10º FED indicam que a escolha de cadeias de valor fornece resultados eficazes quando orientada pelo mercado durante a implementação.

Assim, o programa mantém a flexibilidade de apoiar as cadeias de valor da ENE e centrar-se-á durante a implementação em duas ou três cadeias, em complementaridade com as intervenções do Banco Europeu de Investimento (BEI), actualmente em elaboração. Quando aplicável, o programa levará em consideração os princípios de EEM para as empresas envolvidas.